quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Manisfesto da Insônia

Vivemos numa bolha composta por todos os pecados capitais, estamos doentes, a sociedade está doente. Pensamos estar aumentando nossa expectativa de vida, mas o fato é que retardamos nosso tempo. Nossos cânceres são alimentados por nosso estilo de vida. A vontade de ficar mais bonitos, nossos vícios, nossas demandas modernas, nossa luxúria, vaidade e lascívia estão nos matando. Mordemos a maçã, mordemos a isca. Culpa do diabo? Não, culpa de nossa eterna insatisfação. Não enxergamos o invisível que nos cerca, não enxergamos o que realmente importa, somos alimentados por nossos próprios medos. Pensamos consumir a cura, mas consumimos a doença. A cura está dentro de nós e não fora, mas comemos a maça e a procuramos no espelho. Não quero anunciar o fim do mundo, porque isso é um evento aleatório, assim como dizimou os dinossauros, o fim nos dizamará, independe de sua religião, de sua crença. Tudo que pensamos ser nosso remédio - bebida, beleza, cosméticos, droga, festas, poder, dinheiro, essas coisas boas, mas passageiras, na verdade aceleram nossa destruição, alimentam nossos egoísmo, alimentam nossa sede por mais, mais, mais e mais sabe-se lá o quê...Não tenho solução pra isso. Na verdade sou vítima também de tudo isso, comi também a maçã e gostei. Não sei como abandonar toda essa roda gigante, não sei como parar esse mecanismo, e não tenho pretensão de descobrir. Ele é forte, está fincado na natureza humana. Eu sou humano, o humano está frito, está correndo atrás do rabo, e vai morrer assim.