quinta-feira, 28 de agosto de 2008

longe do centro

As relações hoje são pautadas em algum interesse. A busca frenética por posições deixa de lado o que há de mais importante. Mesmo no relacionamento familiar, de mãe e filho, pai e irmãos, as coisas não andam bem. O sucesso a quase qualquer preço deve ser alcançado. Quando não te veêm há algum tempo - E aí, o que tá fazendo? Tá trabalhando lá ainda? Pô ainda? Ainda não saiu de lá? E a faculdade? Trocou de carro? Coisas do tipo. O sujeito esquece quem é, se bitola numa busca por alguma coisa que nem ele mesmo sabe o que, ou por quê. A coisa tá feia. Mesmo o cara mais ligado nisso, mais atento, fica meio sem ter pra onde escapar. Escapar pra outro mundo? Outra dimensão? Acho que o negócio é deixar fluir, não virar vagabundo total, mas deixar fluir. Tá com vontade disso, corre e faz, deu vontade daquilo, vai lá e faz, sem interferência de terceiros, quartos ou quintos. Faz com responsabilidade que dá certo. O perigo é entrar nessa mão de via única, essa rua que leva a gente pra longe de nós mesmos. De vez em quando é bom lembrar que temos um centro e vale a pena escutá-lo.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

a única coisa que me atrai na eternidade, é a possibilidade de ver novas conquistas tecnológicas, avanços na medicina, descobertas galácticas, e ver meus inimigos morrerem. De resto, nem quero.

Pensei, por isso não achei

Pensei, não falei, podei um pensamento! Ótimo seria falar sem se preocupar com o impacto alheio. Falar, jogar e apenas esperar a resposta. Boa ou ruim. O bem ou o mal, Assimilar o que vem. Sem pré-conceito também. Falar o que vem, ouvir o que vier. Melhor ainda se o outro entender. Construiremos uma cena. Um show. Uma emoção, mesmo que seja só a sua (a de quem falou). Será o seu momento com você, com sua verdade. Sua chance, nunca essa escrita se repetirá. Única vez que essa tinta passa por esse papel. Quem me dera esse papel isso entendesse. O plano, o palco, a cena, grudada ao conteúdo e isso entendesse.


04/2008

ACHADO

Livre enquanto dura, seu efeito eleva, é sublime o êxtase que acompanha, dormência, Tudo faz sentido, ficas sabendo de tudo, mas não aponta solução, Muitos são contra, outros prevêm o caos, físico não da mente (psique), a alma pura te ronda, o que importa são amigos, Lugar algum é melhor do que o que se está, Toda luz brilha e ofusca, Os seres são imortais por alguns segundos em sua memória curta, Junte-se a mim sem exagero, porque sei onde isso vai dar, posso te guiar, Mas se você vacilar, de pronto te engolirá, E tudo será horrível, patético, nostálgico e real demais.


algum dia de 2005

sexta-feira, 4 de abril de 2008

TUDO DE BOM

Para o sexo, Rock n' roll
para as drogas, uma solução (pesada)
para café, pó
para calor, praia
para o teatro, todos
para a soberba, indiferença
para a TV, menos platéia
para a noite, cena
para o dever, liberdade
para o homicida, remorso sem fim
para a ressaca, outra cerveja
para o amor, mais amor
para os amigos, a verdade
para a família, o céu
para a amante, disposição
para mim, você
para você, eu
para o mundo, mais tempo
para o tempo...sem chance.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Sem resposta

A maior infelicidade do mundo consta na entrega em tentar responder a crucial pergunta: "De onde viemos, o que somos, pra onde vamos?"
A tentativa de resposta quebra e destrói toda possível paz interior.
A vida fica em segundo plano com a tentativa dessa resposta. É melhor nos apegarmos aos prazeres materiais e contar o tempo? A verdade é pior do que sua não-descoberta?
A tentativa de responder essa pergunta é inútil, do ponto de vista prático (acho eu). Traz derrota, nos mostra o quão pequeno somos.
Nossa existência deve ser baseada na fé. Seja qual for, cada um que descubra a sua. Até que tenhamos condições ver-da-dei-ras de "olhar" o que nos está além, é na fé que devemos investir...acho eu.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

e no final...a morte!

arrasadora de todas as coisas
ou não!
tristeza, alegria, desgraça
ou não!
seu poder único e insuperável
incentivadora do tempo
acelera os retardados, encurta os desavisados
ou não!
esperamos, mas não nos acostumamos
adora o que faz, do contrário não faria tão bem
alguns ordenam sua ordem causando desordem
homens pensam que a tem na mão
crianças se agitam, pássaros modernos a trazem
o mar a traz
nunca é desejada
ou não!
vem, vem, vem, vem, vem sempre
e quando ela me encontrar
eu não quero estar pronto!