quinta-feira, 28 de agosto de 2008
longe do centro
As relações hoje são pautadas em algum interesse. A busca frenética por posições deixa de lado o que há de mais importante. Mesmo no relacionamento familiar, de mãe e filho, pai e irmãos, as coisas não andam bem. O sucesso a quase qualquer preço deve ser alcançado. Quando não te veêm há algum tempo - E aí, o que tá fazendo? Tá trabalhando lá ainda? Pô ainda? Ainda não saiu de lá? E a faculdade? Trocou de carro? Coisas do tipo. O sujeito esquece quem é, se bitola numa busca por alguma coisa que nem ele mesmo sabe o que, ou por quê. A coisa tá feia. Mesmo o cara mais ligado nisso, mais atento, fica meio sem ter pra onde escapar. Escapar pra outro mundo? Outra dimensão? Acho que o negócio é deixar fluir, não virar vagabundo total, mas deixar fluir. Tá com vontade disso, corre e faz, deu vontade daquilo, vai lá e faz, sem interferência de terceiros, quartos ou quintos. Faz com responsabilidade que dá certo. O perigo é entrar nessa mão de via única, essa rua que leva a gente pra longe de nós mesmos. De vez em quando é bom lembrar que temos um centro e vale a pena escutá-lo.
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